Crítica: Me Chame Pelo Seu Nome (2017)

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8/1093/1008,3/1096%88%
Números obtidos do IMDb e do Rotten Tomatoes em 8.1.2018.

No verão de 1983, no norte da Itália, Elio (Timothée Chalamet), de 17 anos, está um pouco entediado. Claro que ele tem seus amigos e livros, mas falta algo. Oliver (Armie Hammer), um estudante americano de 24 anos, chega para passar 6 semanas em sua casa, ajudando seu pai. De início, Elio não se impressiona pelo recém-chegado, mas seus sentimentos começam a mudar.

Esse é o começo de Me Chame Pelo Seu Nome, baseado no livro homônimo escrito por André Aciman. É um daqueles filmes com um ritmo mais lento, para mostrar ao público passo a passo da rotina das personagens, bem como o processo de compreensão de Elio de que ele está sentido algo mais forte em relação a Oliver. Na verdade, eles ficam juntos pela primeira vez apenas quase uma hora após o filme ter começado.

Elio toca piano e violão, lê muito, sai com amigos, mas ele não pode evitar o fato de que seus sentimentos por Oliver estão se transformando em algo que ele nunca sentira antes. Assim, o público é convidado para o mundo de Elio de descobrimento e aceitação de seus sentimentos.

Timothée Chalamet é absolutamente magnífico como Elio, capturando todas as nuances de um adolescente se apaixonando pela primeira vez. Há também mais cenas físicas, incluindo uma envolvendo um pêssego (sim, a fruta), que mostram a jornada de Elio para a aceitação.

As duas cenas mais tocantes, no entanto, aparecem ao final do filme. Sem estragar nada sobre o filme, posso dizer que o monólogo de Michael Stuhlbarg, que interpreta o pai de Elio, é provavelmente um dos mais belos discursos vistos no cinema em 2017. A outra cena marcante é a última, com os créditos finais já subindo na tela. Ela seria prova suficiente para mostrar o quão bom Timothée está no papel.

Mesmo que as histórias de “final de adolescência” sejam uma tendência hoje em dia, esta é diferente precisamente por sua sutileza, beleza e atemporalidade. 



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