Crítica: O Destino de uma Nação (2017)

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7/1075/1007,4/1086%85%
Números obtidos do IMDb e do Rotten Tomatoes em 19.1.2018.

2017 foi um ano interessante no cinema, em que tivemos alguns lançamentos que se complementam. Professor Marston e as Mulheres Maravilhas, por exemplo, é um ótimo filme para assistir em conjunto com Mulher Maravilha.

Dunkirk, por sua vez, pode ser mais apreciado se for visto juntamente com O Destino de uma Nação, já que ambos falam exatamente sobre o mesmo episódio, apenas com  perspectivas diferentes. Enquanto em Dunkirk Christopher Nolan concentra-se na praia onde os soldados britânicos aguardavam o resgate, O Destino de uma Nação (dirigido por Joe Wright) escolheu mostrar a batalha política que ocorreu enquanto o governo britânico estava decidindo como lidar com essa situação.

O Destino de uma Nação mostra, então, Winston Churchill (magistralmente interpretado por Gary Oldman, quase irreconhecível) tornando-se Primeiro Ministro durante o início da Segunda Guerra Mundial. Poucos dias após assumir o cargo, ele deve tomar uma decisão entre negociar um tratado de paz com a Alemanha nazista ou continuar a lutar. Isso significaria, no entanto, que seria necessário encontrar uma solução para trazer de volta as tropas que estavam encurraladas em Dunkirk. Sem elas, o Reino Unido praticamente não teria poder militar para permanecer na Guerra.

Winston Churchill é mostrado em todos os tipos de situação: enlouquecendo sua secretária (Lily James); sendo repreendido por sua esposa (Kristin Scott Thomas); almoçando semanalmente com o rei George VI (Ben Mendelsohn); etc. Nós também temos a oportunidade de vê-lo declamando um de seus discursos mais famosos, bem como tomando uma das decisões mais difíceis que um líder de um país pode fazer: permanecer em uma guerra.

O resultado, como a História mostra (e como Dunkirk retrata) foi favorável graças aos civis britânicos que ajudaram massivamente no resgate.

Joe Wright conhece bem o episódio de Dunkirk e é famoso por ter filmado uma bela sequência de soldados naquela praia quando dirigiu o filme Desejo e Reparação. Ele escolheu com sabedoria não se repetir aqui, de modo que o público vê principalmente discussões políticas por trás de portas fechadas ao invés de qualquer ação no campo de batalha. Ele repetiu sua parceria com o compositor Dario Marianelli para trilha sonora e esta dá ao público a sensação de urgência sempre que necessário (apesar de a de Desejo e Reparação ainda ser melhor).

Devido ao seu tom muito politicamente carregado, O Destino de uma Nação pode não ser agradável para todos, mas uma coisa é certa: Gary Oldman está no seu melhor momento e merece uma indicação ao Oscar (e até mesmo vencer) por esse papel.

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