Crítica: 007 – Sem Tempo Para Morrer (2021)

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8,5/1070/1007,6/1084%89%
Números obtidos do IMDb e do Rotten Tomatoes em 8.10.2021.

Já se passaram seis anos desde a última vez que vimos James Bond (Daniel Craig) e a Dra. Madeleine Swann (Léa Seydoux) dirigindo rumo ao pôr do sol no final de 007 Contra Spectre, e é assim que os encontramos no início de 007 – Sem Tempo Para Morrer. Como já indicado nos vários trailers deste filme, o público precisa relembrar os acontecimentos de 007 Contra Spectre antes de assistir a 007 – Sem Tempo Para Morrer para entender completamente todos os personagens.

Amplamente anunciado como a 5ª e última vez de Daniel Craig como James Bond, 007 – Sem Tempo Para Morrer nunca permite que o público recupere o fôlego e os 163 minutos de filme passam mais rápido do que o esperado.

As cenas que antecedem os créditos iniciais, com flashbacks da infância de Madeleine descritas em Spectre, e com o casal apaixonado na Itália, já nos mostram que este será o filme de James Bond mais emocionante até agora.

Depois de uma espetacular perseguição de carro nas ruas de Matera, Bond e Madeleine se separam e a música-tema de Billie Eillish começa a tocar, dando-nos o tom do filme.

Cinco anos depois, vemos Bond aposentado na Jamaica pescando e levando uma vida relativamente tranquila. É então que o agente da CIA, e amigo de longa data, Felix Leiter (Jeffrey Wright) aparece e o puxa de volta à ação.

Lashana Lynch e Ana de Armas são as novas adições ao elenco e são ótimas. Sem dúvida, a roteirista Phoebe Waller-Bridge teve uma grande influência em seus diálogos. A interação de seus personagens com Bond é engraçada e fresca – muito diferente do que teria acontecido entre Bond e qualquer mulher no passado.

O enredo em si não é tão interessante assim, envolvendo uma arma biológica que visa DNAs específicos, mas é o suficiente para trazer Blofeld (Christoph Waltz) de volta e incluir Safin (Rami Malek) à lista de vilões da franquia. Ainda que as motivações do vilão não sejam as mais originais, suas ações ameaçando um personagem específico no terceiro ato do filme definitivamente vão deixar o público arrepiado.

Cary Fukunaga, que substituiu Danny Boyle como diretor, faz escolhas ousadas e inclui algumas cenas lindas, sem falar na maravilhosa cinematografia de Linus Sandgren.

Hans Zimmer e Steve Mazzaro estão no comando da trilha sonora e eles entregam alguns sons intensos que são a assinatura de Zimmer, bem como algumas melodias muito dramáticas para o terceiro ato. Eles também prestam homenagem a filmes anteriores, com referências a 007 – A Serviço Secreto de Sua Majestade, 007 – Casino Royale e 007 – Operação Skyfall.

007 – A Serviço Secreto de Sua Majestade serve de inspiração em outros momentos durante 007 – Sem Tempo Para Morrer, e não apenas na trilha sonora. Há uma frase famosa daquele filme que é dita aqui – duas vezes, embora de maneiras ligeiramente diferentes. A escolha da música para os créditos finais também diz que os produtores claramente querem fazer este filme tão comovente quanto aquele de mais de 50 anos atrás.

É a atuação de Daniel Craig, no entanto, que realmente torna este filme de Bond diferente de seus antecessores. Conforme discutido em nossa análise anterior de seus 4 outros filmes, ele retrata um James Bond que sangra, se apaixona e chora. Em outras palavras, ele tem uma alma, ao contrário de ser apenas um assassino que bebe martinis enquanto trabalha. Em 007 – Sem Tempo Para Morrer, ele leva tudo para outro nível, dando-nos um James Bond vulnerável e profundamente ferido.

Embora 007 – Sem Tempo Para Morrer não seja o melhor de seus cinco filmes, é de longe o que mais evoca emoções no público e muito provavelmente será debatido nos próximos anos.

Depois de muitos atrasos, 007 – Sem Tempo Para Morrer finalmente será lançado em 8 de outubro nos EUA e em 30 de setembro em muitos outros países, incluindo o Brasil.

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