Crítica da Broadway: A View From The Bridge

Não me lembro quando foi a última vez que uma peça me manteve tão focada e interessada por duas horas ineterruptas. Mas isso não deveria me surpreender, já que A View From The Bridge ganhou o Prêmio Oliver de melhor peça do ano em Londres e Mark Strong também ganhou o prêmio de Melhor Ator.

Originalmente escrita por Arthur Miller e encenada pela primeira vez em 1955, se passa perto da ponte do Brooklyn, em Nova York, e conta a história da obsessão de Eddie (Strong Mark) com sua sobrinha de 17 anos, Catherine (Phoebe Fox), e é narrada pelo seu advogado (Michael Gould). Quando Catherine começa a passar muito tempo com um imigrante italiano recém-chegado, o ciúmes de Eddie aumenta para um nível perigoso.

Dirigida por Ivo van Hove, esta versão de A View From The Bridge não tem cenário, interval ou mudança de roupa. Os atores estão cercados pelo público, pois há assentos literalmente no palco, como se estivessem dentro de um ringue de boxe. Esse tipo de configuração só aumenta a tensão e a intensidade peça, ajudada pela trilha sonora sutil que mantém o ritmo da história. O elenco é absolutamente incrível, especialmente Mark Strong. Sua performance como o conturbado Eddie é fascinante, desde seu sotaque à sua capacidade de nos convencer de que ele está gradualmente se tornando mais e mais obcecado com Catherine, à beira da loucura.

É definitivamente a melhor peça que eu vi este ano e eu a recomendaria a qualquer um que genuinamente goste de teatro.

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