Crítica: The Wife (2018)

Poster - The Wife
Minha notaIMDbRotten Tomatoes
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8/1080/1007,4/1095%Indisponível
Números obtidos do IMDb e do Rotten Tomatoes em 11.8.2018.

Como é possível que Glenn Close ainda não tenha um Oscar? Eu me faço essa pergunta praticamente toda vez que a vejo em um filme. E, após assistir a The Wife (ainda sem tradução no Brasil), essa pergunta surgiu mais uma vez.

Baseado no romance de Meg Wolitzer, The Wife, ambientado em 1992, conta a história do escritor Joe Castleman (Jonathan Pryce), que recebe o Prêmio Nobel de Literatura, e de sua esposa Joan Castleman (Glenn Close). Ao celebrar com amigos e familiares, ele sempre agradece a sua esposa, mostrando sua gratidão por todos os anos de casamento e apoio. Ele, no entanto, diz que é grato por ela não escrever, caso contrário ele teria um bloqueio permanente. Em momentos como esse, é possível notar que Joan está se segurando, um pouco embaraçada e humilhada, para não dar uma resposta adequada. Além disso, o filho deles (Max Irons), que também está começando a escrever e está buscando a aprovação de seu pai, descarta completamente as opiniões de Joan.

Por meio de flashbacks, o público descobre que Joe era a professora de Joan e que ela costumava escrever, mas ele não achava que seus textos fossem bons o suficiente. Ela também ouve de outras pessoas que as mulheres nunca terão seus textos publicados, o que a desencoraja ainda mais.

O desempenho de Glenn Close é simplesmente maravilhoso e refinado. O público pode vê-la abaixando os olhos enquanto o marido a elogia, com um olhar pensativo, como se estivesse se controlando para não dizer nada. Ela também nos mostra como ela está magoada quando seu filho descarta sua opinião, ou quando seu marido está claramente atraído por uma jovem fotógrafa que está cobrindo o evento do Prêmio Nobel. E então, é claro, há a cena do clímax, quando ela nos mostra todas as suas habilidades de atuação, com sua personagem confusa, irritada, triste e apaixonada ao mesmo tempo.

Dito isso, eu só queria que o filme não fosse tão previsível – creio que o trailer já tenha contado toda a história, então eu não fiquei surpresa com o que vi, apesar de não ter lido o livro. Então eu sugiro assistir sem ver o trailer primeiro, para que a experiência possa ser completa.



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