Melhores Seriados de 2018

Com tantos seriados disponíveis todos os anos, está cada vez mais difícil selecionar os melhores. Segue uma lista dos meus preferidos de 2018:

9. Jack Ryan

Ainda é difícil ver John Krasinski e não pensar em Jim, seu personagem na série The Office. Este ano, no entanto, ele provou que é capaz de fazer muito mais, com o filme de terror Um Lugar Silencioso e com Jack Ryan, de Tom Clancy. Ele é o quinto ator a interpretar esse personagem, embora seja a primeira vez que é feito para a televisão. Como de costume, Jack Ryan é um analista da CIA que acaba fazendo trabalho de campo por causa das circunstâncias. Seu chefe James Greer (Wendell Pierce) não gosta dele no começo, mas eles acabam formando um bom time. Cheio de tensão do começo ao fim, com uma grande parte do diálogo legendado, esta versão do famoso personagem é muito interessante, provando que o desenvolvimento do personagem permitido em uma série é muito melhor do que em um filme de duas horas. A segunda temporada já está sendo produzida.

8. Ordeal by Innocence

Baseado no livro de Agatha Christie (Punição Para a Inocência, em português), esta série de 3 episódios é uma das produções que sofreram as conseqüências do movimento #metoo. Com Ed Westwick originalmente escalado como um dos personagens principais e a produção quase pronta, a série teve que passar por várias refilmagens depois de várias acusações de agressão sexual terem sido divulgadas. Por esse motivo, ele foi substituído por Christian Cooke. Ainda assim, isso não comprometeu a qualidade da série, que usa flashbacks para enganar o público e manter o suspense até o fim para descobrir quem era o assassino.

7. Objetos Cortantes

Escrito por Gillian Flynn (Garota Exemplar), Objetos Cortantes pode ser descrito como um thriller e uma história de detetive, já que um assassinato está sendo investigado. É, no entanto, uma história interessante sobre como as mulheres em geral e as consequências do que acontece quando elas são criadas em uma cidade incrivelmente machista. Camille (Amy Adams) é uma jornalista que conseguiu sair de sua pequena cidade de Wind Gap e ficar longe de sua família. O misterioso assassinato de uma menina em sua cidade, entretanto, dá ao editor do jornal onde trabalha a ideia de dar a história a ela, para que ela pudesse se reconectar com seu passado. Camille tem sérios problemas, como o alcoolismo e o fato de se cortar. Ao longo dos episódios, o público começa a entender, com uma série de flashbacks, o que aconteceu com ela. A atuação de Amy Adams, juntamente com a ótima Patricia Clark, que interpreta sua horrível mãe, são as melhores coisas sobre Objetos Cortantes e fazem valer a pena assistir à série.

6. A Amiga Genial

Baseado no primeiro livro da Série Napolitana de Elena Ferrante, A Amiga Genial conta a história de Lila e Lenú, duas meninas que cresceram em um bairro pobre em Nápoles durante a década de 1950. A amizade complicada entre elas é o foco principal da temporada, mas é impossível não notar a violência onipresente contra basicamente qualquer um que desafia as regras do bairro: meninas são espancadas, defenestradas, arrastadas para carros de estranhos, enquanto os homens também são vítimas de rivalidade e de guerra territorial. O que mais chama atenção sobre essa violência é a passividade dos espectadores, que, na maioria das vezes, observam tudo se desenrolar sem tomar nenhuma atitude, conformando-se que é assim que a vida deve ser. Interpretada nos dois primeiros episódios por Ludovica Nasti, e mais tarde por Gaia Girace, Lila é naturalmente inteligente e incrivelmente mandona e teimosa. Ela é forçada a deixar a escola quando sua família não tem condições (ou vontade) de financiar seus estudos. Por isso, admira Lenú, interpretada por Elisa Del Genio e depois por Margherita Mazzucco. Sua mãe não quer que ela vá para a escola, mas tanto seu pai quanto sua professora acreditam que ela pode ter um futuro fora do bairro, então ela continua estudando. Esta série lindamente filmada e executada provavelmente vai deixar você pensando sobre essas meninas e na sua triste educação, desejando que suas vidas melhorem na próxima temporada.

5. A Very English Scandal

Baseado em fatos reais, A Very English Scandal é uma mini-série de três episódios que relata as consequências do breve relacionamento amoroso de Jeremy Thorpe (Hugh Grant) e Norman Scott (Ben Whishaw) durante a década de 1970. Jeremy Thorpe era um membro muito importante do Parlamento, cuja reputação terminaria se a notícia do caso se tornasse pública. Portanto, ele decidiu ordenar o assassinato de Norman. Hugh Grant está espetacular como o político cínico e egoísta e Ben Whishaw tem um ótimo desempenho como o ingênuo Norman. Seria ainda mais engraçado se não fosse trágico: é uma história muito triste sobre abuso de poder e de influência, e como isso pode destruir alguém com menos recursos.

4. Segurança em Jogo

Não se deixe enganar pelo nome em inglês (“Bodyguard”) e pense que está relacionado ao filme O Guarda-Costas! Este programa de TV britânico pode parecer semelhante ao filme estrelado por Kevin Costner e Whitney Houston à primeira vista, já que ambos lidam com um homem que serve como guarda-costas de uma mulher famosa, com um relacionamento romântico evoluindo a partir disso. Na primeira temporada de Segurança em Jogo, no entanto, as coisas são muito mais complicadas do que um simples romance. David Budd (Richard Madden) é um veterano de guerra que conseguiu impedir um ataque terrorista em um trem rumo a Londres. Em razão de seu ato heróico, ele é designado para ser o guarda-costas de Julia Montague (Keeley Hawes), a Secretária do Interior, cujas opiniões políticas divergem das dele. Este imprevisível e emocionante programa de seis episódios leva o público a uma louca aventura política e ética, além de lida com saúde mental, lealdade e muito mais.

3. The Handmaid’s Tale

A segunda temporada deste conto distópico é ainda mais intensa e perturbadora do que a primeira. Offred (Elizabeth Moss) e as outras mulheres em Gilead sofrem todos os tipos de violência em um seriado tão envolvente que é impossível parar de assistir. Esta semana, Margaret Atwood, autora do livro no qual a primeira temporada é baseada, acaba de anunciar que lançará um segundo livro em 2019. Não será, no entanto, semelhante ao que aconteceu na segunda temporada do programa. Veja a crítica completa da segunda temporada aqui.

2. The Marvelous Mrs. Maisel

A segunda temporada de The Marvelous Mrs. Maisel tinha um grande desafio: ser melhor que a 1ª temporada, que ganhou o Emmy Awards deste ano de melhor série de comédia, entre outros prêmios. Felizmente, a segunda temporada do programa conseguiu ser ainda mais divertida que a primeira. Midge Maisel (Rachel Brosnahan), a dona-de-casa de fala rápida que virou comediante, decide contar a seus pais sobre sua nova carreira. Sua empresária, Susie (a incrivelmente engraçada Alex Borstein), é muito dedicada e quer que Midge seja uma estrela, o que significa que ela vai brigar com quem quer que esteja em seu caminho. Há mais histórias secundárias nesta temporada, principalmente envolvendo o pai de Midge (Tony Shalhoub) e a tentativa de Joel (Michael Zegen) de se redimir. Há também mais cores: todas as roupas são muito coloridas e as cenas são lindamente coreografadas. Apesar de não gostar da maneira como a temporada terminou, foi muito divertida e mal posso esperar pela próxima temporada.

1. The Americans

A última temporada do drama de espionagem foi a maneira perfeita de terminar este seriado praticamente perfeito. Ambientada em 1987, esta temporada mostra Elizabeth (Keri Russell) trabalhando sozinha após Phillip (Matthew Rhys) decidir fazer uma pausa da KGB. Repleto de grandes atuações, histórias, músicas e locações, The Americans fará muita falta e deveria ter sido vista por mais pessoas. Crítica completa aqui.

Vamos torcer para 2019 ter séries tão boas quanto esse ano!



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