Opinião: Shear Madness

Vivendo em Washington, me tornei fã do Kennedy Center, especialmente porque há muitas apresentações gratuitas ou a um preço mais barato no palco “laboratório de teatro”. De 1 de maio até 30 de setembro, “Shear Madness” está em cartaz neste palco.

Eu tinha ouvido o nome antes, mas não tinha ideia de que “Shear Madness” era a peça (não musical) há mais tempo em cartaz nos EUA. Ela está em Washington há 26 anos e em Boston há quase 35!

O enredo é bastante simples: os fatos ocorrem em um salão de cabeleireiro, que lida com a morte repentina de sua senhoria, que vive no andar de cima. Assim, os quatro personagens principais que estavam no salão no momento da morte se tornam suspeitos. A única coisa que diferencia a peça das demais, no entanto, é que o segundo ato é completamente improvisado. O policial que está conduzindo a investigação pede ajuda ao público. Então, as pessoas da plateia se voluntariam para fazer perguntas a quem quiserem do elenco e, com base na reação do público, os atores mudam quem será o culpado. Portanto, cada apresentação tem um final diferente, dependendo de como a plateia reagiu.

Mesmo se passando no início de 1980 (o cenário, o figurino, os telefones, etc.), as piadas são de fatos atuais, que é provavelmente uma das razões por que a peça ainda é popular. Outra característica curiosa é que ela se passa na cidade em que está em cartaz, portanto, há muitas piadas locais. Como alguém mora Washington há algum tempo, eu consegui entendê-las. Acredito, porém, que essas piadas não funcionariam com os turistas, porque eles provavelmente não sabem os nomes dos bairros, por exemplo.

Outro mérito da peça é o elenco, que claramente se conhece muito bem, porque a sintonia na parte improvisada da peça é surpreendente. Resumindo, é uma maneira divertida e interessante de gastar duas horas.

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