Crítica: Cruella (2021)

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9/1060/1007,5/1072%97%
Números obtidos do IMDb e do Rotten Tomatoes em 31.5.2021.

101 Dálmatas (1996) era meu filme live-action favorito da Disney, baseado em uma animação. Além de ter sido muito bem feito, Glenn Close como Cruella de Vil era tão perfeita e uma vilã tão divertida de se odiar que parecia impossível ser superado.

No entanto, aqui estamos nós, 25 anos depois, com a história de origem dessa mesma vilã, agora interpretada por Emma Stone, e Cruella se tornou meu filme live-action favorito da Disney. É verdade que não é exatamente a mesma história, já que Cruella se passa nos anos 1970 e nos conta como a doce Estella se transformou na infame Cruella.

Comparar as duas atuações não parece muito justo, pois elas interpretam a mesma personagem em momentos completamente diferentes de sua vida. Então, é melhor apenas aproveitar e se divertir com Emma Stone como Estella / Cruella.

E eu definitivamente me diverti muito com esse filme! Sem revelar muito, posso dizer que a jovem Estella (Tipper Seifert-Cleveland) chega a Londres após a morte de sua mãe e faz amizade com dois batedores de carteira, Jasper (Ziggy Gardner) e Horace (Joseph MacDonald), que crescem e são interpretados por Joel Fry e Paul Walter Hauser, respectivamente (ambos absolutamente maravilhosos).

Com o passar do tempo, Estella continua interessada em moda e consegue um emprego em uma loja de departamentos, onde conhece a Baronesa (Emma Thompson), a estilista mais importante da época.

O que mais me chamou a atenção é como o filme todo é uma ótima análise da interminável discussão entre “criação” e “natureza”. Quanto de nossa personalidade vem de nosso nascimento e quanto vem de como fomos criados.

Além disso, é claro, o “duelo” de Emmas é simplesmente delicioso de assistir! Ambas estão perfeitas em seus papéis, com Emma Thompson sendo uma das vilãs mais cruéis que eu já vi! Houve algumas comparações com O Diabo Veste Prada (2006), já que Miranda Priestly (Meryl Streep) e a Baronesa são chefes horríveis que aterrorizam todos ao seu redor. No entanto, à medida que a história em Cruella se desenvolve, vemos que a Baronesa é muito pior! A própria Cruella, é claro, também faz coisas ruins, mas seu motivo principal é vingança.

Dirigido por Craig Gillespie (que também dirigiu Eu, Tonya), Cruella tem um ritmo muito rápido, apesar de ter 2h14min de duração. A trilha sonora, com mais de 30 canções que vão desde The Rolling Stones a Judy Garland, ajuda com o ritmo da história. As músicas também atraem o público para Londres na década de 1970 e é impossível sair do filme sem notá-las.

A trilha sonora original, de Nicholas Britell, também é excelente, dando o tom certo aos dilemas e reflexões de Cruella.

No entanto, o que assunto principal é o figurino de Cruella. Jenny Beavan, duas vezes vencedora do Oscar, foi responsável pelas 47 mudanças de figurino de Cruella e 33 da Baronesa! Seus looks são complementados com maquiagem e penteados igualmente maravilhosos. (Muitas perucas ótimas!)

Claro, há dálmatas na história, embora tenham um papel diferente daquele que teríamos imaginado. Também conhecemos Anita Darling (Kirby Howell-Baptiste) e Roger (Kayvan Novak), que têm papéis importantes na cena pós-créditos!

Também fazem parte do elenco Mark Strong, interpretando o braço direito da Baronesa, e John McCrea, simplesmente hilário como Artie, o dono de um brechó.

Cruella é uma experiência divertida e uma ótima adição para o cânone da Disney! Está disponível nos cinemas e no Disney Plus, por um custo extra. Não percam, queridos!

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